Morre paciente que teve negada a ida de ambulância para lhe socorrer

Faleceu por volta de 19 horas de ontem (21), no Hospital de Azambuja, Luis Burinelli, que sofria de cãncer e cuja família passou por maus momentos na tentativa de conseguir uma ambulãncia para levá-lo ao socorro na manhã do mesmo dia. O descaso foi veiculado em reportagem na Rádio Cidade, após relato feito pela ex-esposa dele, Rosimari Bodenmüller, residente no bairro Poço Fundo.

Ela contou à reportagem da Rádio Cidade a difícil situação de constrangimento em que Luis Burinelli, e a família passaram na manhã de ontem terça-feira (21), quando solicitaram o auxílio e uma ambulância para conduzí-lo até o hospital. Burinelli tinha Câncer e, segundo ela, estava em fase terminal da doença. Por esta condição, seu estado de saúde era extremamente crítico.

Tanto que, ainda de acordo com relato de Rosimari, em alguns momentos ele tinha delírios e se debatia na cama. Em uma de suas crises, ele arrancou a sonda, que era utilizada para alimentá-lo. Também devido à fragilidade, Luis Burinelli estava com uma de suas clavículas fraturada, por conta do Câncer que atingiu o osso. A família se mobilizou desde a manhã de terça-feira no intuito de conseguir uma ambulância para transportá-lo até o hospital para recolocação da sonda.

De acordo com Rosimari Bodenmüller, as três principais opções em Brusque. e que são referência em casos como este para que o cidadão solicite auxilio. falharam em seus atendimentos. Por volta das 7 horas, o primeiro contato foi mantido com o Corpo de Bombeiros. Segundo ela, o agente, de forma muito educada, conforme relato de Rosimari, explicou o motivo pelo qual a corporação não poderia auxiliar a família naquele momento.

O segundo contato foi com o Samu. Este, conforme Rosimari, foi frustrante e deixou os familiares indignados pela falta de sensibilidade da pessoa que a tendeu ao telefone na central reguladora, situada em Balneário Camboriú. De forma ríspida, a pessoa que atendeu a ligação negou o auxílio ao paciente. Teria dito que não era responsabilidade do Samu prestar este tipo de atendimento e que competia, sim, à família resolver o problema.

A terceira opção foi recorrer ao auxílio da ambulância da prefeitura de Brusque, que também informou que naquele exato momento não havia condições de atender a solicitação. Seria necessário aguardar na fila de espera, mas, que em um segundo momento, o veículo iria até a residência. O que realmente aconteceu, só que por volta das 11 horas, quando a família já havia levado Burinelli ao hospital.

A família de Luis Burinelli, inconformada com a situação, às 8h30min teve de improvisar e com auxílio de vizinhos, sem uma maca apropriada, o colocaram em um carro particular para que ele pudesse chegar até o hospital e receber o atendimento. Rosimari Bodenmüller by Rádio Cidade AM